Condeúba – Santo Antônio








Contam os anais da nossa história que a atual Igreja Matriz de Santo Antônio em Condeúba, já foi uma pequena capela em homenagem ao santo padroeiro, cuja capelinha foi abençoada pelo padre visitador-geral João de Vasconcelos Pereira, em 30 de junho de 1745. Mas, a primeira festa só aconteceu no dia 13 de junho de 1752. No entanto, encontrando-se a antiga capela bastante arruinada, foi demolida e construída outra em tamanho maior, estando à frente dos trabalhos a Irmandade de Santo Antônio, no ano de 1765. O referido templo foi abençoado no dia 10 de Junho de 1783, pelo padre visitador-geral José Nunes Cabral Castelo Branco. A igreja existente no Povoado de Santo Antonio da Barra pertencia à freguesia de Nossa Senhora do Rio Pardo – MG. 

Nossa história eclesiástica está contada pelo Dr. Tranquilino Torres, na sua memorável obra: “Memória Descritiva do Município de Condeúba”, publicada pelo Tipografia Vieira de Condeúba, em 1924. Registram suas páginas que o altar-mor e dois altares laterais, Nossa Senhora da Conceição e Nossa Senhora Aparecida, foram talhados pelo mestre carapina Manoel Francisco da Silva Gomes juntamente com os pedreiros Manoel e José dos Santos Castro. Em toda a nave existem sete altares cada um com um detalhe diferente.

O estilo seguido pelos construtores tanto no conjunto arquitetônico como nos belos trabalhos dos altares em verdadeiras madeiras de lei, é o velho Barroco, muito comum nos templos mais antigos das cidades brasileiras.

Em 11 de dezembro de 1844, foi entronizado o Santíssimo Sacramento no sacrário da capela, daí surgindo a necessidade de se criar nova Irmandade, porque a de Santo Antônio deixou de existir em 1811. Foi assim que, em 15 de fevereiro de 1845, por ordem de Dom Romualdo Antônio de Seixas – Arcebispo da Bahia e Primaz do Brasil, fundou-se a Irmandade do Santíssimo Sacramento no então Povoado de Santo Antônio da Barra. A Igreja já não mais pertencia a Minas, depois de ter passado algum tempo para Nossa Senhora da Vitória, passou para o domínio de Senhora Santana de Caetité. O primeiro Estatuto da Irmandade foi aprovado por Dom Jerônimo Thomé da Silva – Arcebispo da Bahia e Primaz do Brasil, em 1902.

Pela Resolução Estadual nº 413, de 19 de maio de 1851, a capela foi elevada à categoria de Matriz de Santo Antônio da Barra, sendo o lugar ainda um Povoado, porém próspero e desenvolvido, a ponto de emancipar-se de Caetité em 14 de maio de 1861. O topônimo mudou a denominação para Condeúba (em tupi, pau de candeia), logo após a Proclamação da República, através de um Projeto do Dr. Deocleciano Pires Teixeira, pai de Anísio Teixeira.

O primeiro pároco a residir em Condeúba foi o Padre Belarmino Silvestre Torres (1858 a 1896), permaneceu 38 anos; o segundo foi o Padre João Gualberto de Magalhães (1895 a 1919); o terceiro foi o Padre Waldemar Moreira da Cunha (l921 a 1966); o quarto foi o holandês Padre Inácio Aquino Westchest (1966 a 1967); o quinto foi Dom Homero Leite Meira (1968 a 1978); o sexto foram os padres Adhemar Neves e Itamar A. Pereira (1979 a 1982); o sétimo foi o mineiro Pe. Paulo Vieira Âmbar (1983 a 1984); o oitavo, o missionário Pe. Odilon Barbosa (1984 a 1985); o nono, o italiano Tiziano Giovanni Crepaldi (1986 a 1995) o décimo Pe. Vicente Cerutti (l995 a 2005); o 11º Pe Giuliano Zattarin (2005 a 2014). O atual vigário é o Pe. Osvaldino Alves Barbosa.

O padre Waldemar foi o maior responsável por grandes reformas na matriz: levantamento da torre, reboco completo das paredes, assentamento do piso e pintura em todo o templo, de forma que suas dimensões são: 30,50 m de comprimento x 17.00 m de largura e torre com 28.00 m de altura. A última reforma começou com Pe. Giuliano e terminou com Osvaldino, sendo reparado todo o telhado, colocadas janelas novas, consertado as portas e pintura geral por dentro e por fora, além do lixamento e pintura dourada em todos os altares, num investimento de mais de R$ 235.000,00.

A paróquia não é somente a Igreja matriz, mas, todo o município de Condeúba com seus 1.285 km2 e população em mais de 18.000 habitantes. Existem na sede mais seis capelas: São João Batista, Bom Jesus, Santa Luzia, São Francisco, Divino Espírito Santo e Gruta de Nossa Senhora Aparecida; a mais antiga é a de São João, construída em 1854. Além da sede, há 52 comunidades eclesiais de base na zona rural todas com templo e padroeiro próprios.

Por Profº. Agnério Evangelista de Souza




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