Alimentos fresquinhos e saudáveis direto da roça para a mesa de famílias atendidas pela Pastoral da Criança e por outras organizações sociais, como o Movimento do Pequenos Agricultores (MPA) e a Associação de Agricultores Familiares Camponeses da Bahia (ASFAB). É o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) do Governo do Estado que incentiva o desenvolvimento da agricultura familiar e promove o acesso à alimentação de pessoas em situação de vulnerabilidade social. A distribuição acontece aos sábados e nas terças-feiras no pátio do salão paroquial da Paróquia Senhor Bom Jesus de Malhada de Pedras.
O agricultor Leandro Leite da fazenda Lagoa das Braúnas entregou pela primeira vez alimentos produzidos por ele na roça. O carro veio cheio de andu, feijão, melancia, mandioca, mamão e coco. A venda é uma renda extra para a família dele. “O PAA para mim é um programa muito bom porque gera renda e incentiva os agricultores a plantar. Então essa experiencia foi muito boa porque tive onde vender o que plantei e por preço mais justo”, afirma o agricultor.
Valdicélia Guimarães da fazenda Mucambo é uma das beneficiadas pelo programa. Ela recebe uma cesta de aproximadamente quarenta quilos duas vezes por mês. Na cesta, vão hortaliças, frutas, verduras e outros alimentos produzidos sem o uso de agrotóxicos. “Eu tenho uma filha pequena que gosta de tudo que tem aqui e tenho ajudado muito a gente”, diz ela.
Para o coordenador da Pastoral da Criança, Ornaldo Fernandes, é uma alegria poder contribuir com a alimentação de muitas famílias e gerar renda para os pequenos produtores rurais, principalmente neste período de pandemia. “A Pastoral da Criança já tem um acompanhamento nutricional, além desse PAA que chegou agora e para nós é uma grande alegria. Nós começamos com pouco mais de 50 famílias e agora estamos atendendo a mais de 200 famílias, que não são só da pastoral, mas também de outras organizações sociais. Só temos a agradecer a todos que nos ajudam”, destaca Fernandes.
O PAA está previsto para ser encerrado agora em maio, mas as organizações que estão à frente já buscam apoio político para renovar o programa e poder contribuir ainda mais com as famílias e agricultores. Desde janeiro, quando começou a distribuição, o programa tem distribuído quase dois mil quilos de alimentos por mês. É mais alimentos na mesa de quem mais precisa.