2 de abril de 2019
DIOCESE

UniFG e Pastoral Universitária realizam Fórum sobre Políticas Públicas

Por Eneida Bonfim/Pastoral Universitária

Fotos: José Carlos Latinha, Deborah Marques, Adriana Bonfim e UniFG oficial.

Na noite da última quinta-feira (28), centenas de pessoas se reuniram na quadra Poliesportiva Mosquito, no Campus São Sebastião do Centro Universitário UniFG, em Guanambi, Bahia, para participarem do Fórum Políticas Públicas e Meio Ambiente: a mineração e seus impactos sócio-espaciais.

O evento é mais um fruto da parceria entre o Observatório UniFG do Semiárido Nordestino e a Pastoral Universitária, com apoio da Cáritas Diocesana de Caetité.

Refletindo sobre a realidade local, região de intensa atividade mineral há algumas décadas, impactados pelos calorosos debates nacionais e inspirados pela Campanha da Fraternidade de 2019, cujo tema é Fraternidade e Políticas Públicas, o evento buscou ser um espaço de diálogo entre os vários atores envolvidos nessa relevante questão.

O Fórum desenvolveu-se em três momentos principais: fala dos representantes da mesa, intervenções artísticas e culturais de jovens pertencentes ao Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM) e debate com o público.

Fizeram parte do diálogo os representantes: do Observatório UniFG do Semiárido Nordestino, a Profa Deborah Marques; da Pastoral Universitária, o padre Eutrópio Aécio de Carvalho Souza; do executivo municipal, o Sr. Lailton Barbosa; do legislativo municipal, a Sra. Maria Silvia Barros Neves de Souza; da área científica Profa. Dra. Giulia Parola (docente do mestrado em direito da UniFG); da Comissão Pastoral da Terra (CPT), o Sr. José Beniezio Eduardo de Carvalho da Silva; e da empresa Bahia Mineração (BAMIN), o Sr. Wilson Tibes.

Para o padre Eutrópio Aécio de Carvalho Souza, assessor diocesano e coordenador para o Setor Universidades no Regional NE3, “O Fórum realizado, em sintonia com a Campanha da Fraternidade, demonstrou o quanto se faz necessário o diálogo para que as políticas sejam, de fato, públicas. Isso é, escutem e atendam aos anseios da população. Eis o desejo expresso no Texto-Base com o termo ‘participação popular’”.

Isso demonstra, também, como o evento está em consonância com a Igreja no Brasil, bem como, com o pedido do Papa Francisco, em sua mensagem aos fiéis brasileiros por ocasião da Campanha da Fraternidade 2019: “Os cristãos (…) devem buscar uma participação mais ativa na sociedade como forma concreta de amor ao próximo, que permita a construção de uma cultura fraterna baseada no direito e na justiça. De fato, como lembra o Documento de Aparecida, «são os leigos de nosso continente, conscientes de sua chamada à santidade em virtude de sua vocação batismal, os que têm de atuar à maneira de um fermento na massa para construir uma cidade temporal que esteja de acordo com o projeto de Deus» (n. 505).”