Na Bahia e em outras regiões do Brasil e de Portugal, Nossa Senhora da Assunção é associada a Nossa Senhora da Conceição e venerada com o titulo de Nossa Senhora da Glória, à qual também o povo fiel de Riacho de Santana desde o início dedicou sua devoção.
Em 22 de abril de 1927, Manoel José Alves Cabral e sua mulher, Rosa Messias da Rocha, doaram um terreno para nossa Senhora da Glória. A primeira capela erguida, pela iniciativa do frei Paulo, nesta cidade em homenagem a Nossa Senhora data do ano de 1840 e surgiu no mesmo local onde está situado hoje o presbitério da atual Matriz, segundo informações fidedignas fornecidas pelo acatado Cel. Francisco Pereira de Castro, natural desta cidade.
No mesmo local onde foi construída a capela, foi edificada em meados do século XIX a igreja que existe atualmente. Em 02 de outubro de 1851 é celebrado o contrato para a construção do altar-mor, trono, presbitério e teto da igreja.
Esta igreja, embora construída no século XIX, segue a tipologia das matrizes e igrejas de irmandades baianas do século XVII, isto é, nave única com corredores laterais superpostos por tribunas.
Antes de se tornar paróquia, Riacho de Santana era uma freguesia que pertencia à Paróquia Nossa Senhora Mãe de Deus e dos Homens da cidade de Palmas de Monte Alto. Nessa época a devoção mais popular era a Nossa Senhora do Rosário; a festa era celebrada no mês de outubro.
Em doze de dezembro de 1861, a resolução provincial nº 871, elevou a freguesia à categoria de Paróquia sob a invocação de Nossa Senhora do Rosário, por ser essa a devoção mais popular. No ano seguinte em quatro de outubro de 1862, ficou canonicamente instituída a Paróquia pelo arcebispo da Bahia e Primaz do Brasil D. Manoel Joaquim da Silveira. Em seis de outubro de 1962 foi nomeado o primeiro pároco, Pe. Antônio Boaventura Cerqueira Pinto, e o culto continuou a Nossa Senhora do Rosário, considerada o orago da Paróquia, embora existisse o culto também a Nossa Senhora da Glória.
Mais tarde, o padre e os fiéis fizeram uma petição ao Arcebispo, notificando que na realidade a devoção mais popular e o titulo original consignado na devoção do terreno contemplava Nossa Senhora da Glória, cuja festa vinha sendo celebrada em maio. Somente 46 anos mais tarde verifica-se a mudança de orago em Igreja Nossa Senhora da Glória, retificando-se o erro que vinha ocorrendo desde 1861. A oficialização da festa de Nossa Senhora da Glória se deu com a visita de Dom Joaquim Tomé da Silva, arcebispo da Bahia Primaz do Brasil, no dia 30 de julho de 1906.
No centro, a imagem de Nossa Srª da Glória a padroeira; MARIA EXALTADA AO CÉU rodeada pelos anjos. Ao seu redor as 12 ESTRELAS; na Bíblia o número 12 é simbólico: significam os 12 APÓSTOLOS, as 12 TRIBOS DE ISRAEL. A flor de lis é a representação do lírio e simboliza A PUREZA, A VIRGINDADE, A BELEZA E A RENOVAÇÃO ESPIRITUAL DE MARIA; ela é a mulher pura sem a mácula do pecado.
A palavra “LIS” é de origem francesa e significa Lírio ou Íris, a flor de lis é símbolo de poder, soberania, honra e lealdade; tudo isso Maria recebeu de Deus e por isso encontrou graça diante do seu Criador. Antigamente a flor de lis era utilizada nos brasões e escudos da realeza francesa. O símbolo acima da imagem diz respeito à Maria, traz as iniciais da “Ave Maria”.
A palavra em latim “Quia fecit mihi magna qui potens est” é tirada do Magnificat que significa a sua exaltação por ela ter recebido a graça da vocação de ser a mãe do Filho de Deus. “O Todo poderoso fez por mim grandes coisas”, “Pois fez por mim grandes coisas aquele que é poderoso” (que tem poder). A cor azul representa o céu e a cor branca a pureza, a paz; Maria é a rainha da paz por isso ela recebe a coroa.
Outros Padres colaboradores:
Pe. Osvaldo Ribeiro dos Santos; Pe. Itamar Alves Pereira Pe. Odilon, estigmatino; e vários Padres Redentoristas.
Salve, Salve, Senhora da Glória! Ouve os ecos de nossa canção, É Riacho Santana que implora, Uma bênção do seu coração (bis)