Fiquei pensando nesses dias. O primeiro “presente” que Jesus recebeu foi a manjedoura! Na realidade um “presente emprestado”, pois foi deixado de volta para os seus “legÃtimos donos”, os animais do estábulo…
Uma manjedoura!!! Um cocho para os animais…Mas foi esta manjedoura o primeiro berço do Filho de Deus feito homem…!
E continuei a minha reflexão: “E se a manjedoura pensasse? Talvez diria: ‘Mas, exatamente eu?’ Um cocho de animais para servir de cama para ele? Eu, sem valor… já usada… por que não algo de mais valor e de melhor apresentação?”
A reflexão continuou… e me fez descobrir que uma manjedoura teve tanto valor… era exatamente o que ali estava disponÃvel e “se deixou ser disponÃvel”… talvez “fugiu” da sua finalidade, mas “descobriu” uma nova e maior possibilidade de destinação…
Retornei a olhar para a “manjedoura” e nesta contemplação pude perceber o quanto temos de parecido com ela… ou talvez o quanto precisarÃamos ter…!!! Talvez nos sentimos inúteis ou apenas uma peça para um fim. Talvez não damos valor a nós mesmos, pois nos vemos apenas “isso”. Talvez olhamos para outros como os que tem mais capacidade e mais valor e somente eles, nós não…! Talvez nos preocupamos por demais com a aparência e o status, sendo o que de fato não somos, mas esforçando para parecer que somos. Talvez nunca imaginamos que podemos “ser solicitados” para uma missão bem maior do que julgamos capazes! Talvez… talvez… talvez…
E continuo a pensar… e a contemplar ela… a Manjedoura… naquilo que é, naquilo que foi, naquilo que “se deixou ser”… a Manjedoura… a Manjedoura… E por ela, contemplei também Aquele que nela foi reclinado, Aquele que, já aqui, demonstrou o que é o mais importante, o mais necessário e o fundamental…
