6 de maio de 2017
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O convite do Papa aos estudantes que participaram no meeting pela paz, a fraternidade e o diálogo- Proibido resignar-se

O convite do Papa aos estudantes que participaram no meeting pela paz, a fraternidade e o diálogo- Proibido resignar-se
Enquanto cresce uma cultura da destruição, os jovens têm o dever de se
encaminharem pela via da construção, aprendendo a amar, indo em frente, lutando
com criatividade e sobretudo evitando a resignação. Foi a recomendação que o
Papa fez aos participantes no meeting das escolas italianas pela paz, a
fraternidade e o diálogo «Protejamos a nossa casa», organizado pela coordenação
nacional de entidades locais pela paz e os direitos humanos. Na manhã de
sábado, 6 de maio, na sala Paulo VI, sete mil participantes entre estudantes e professores, animaram um
encontro sobre o tema «bem-aventurados os pacificadores», que se concluiu com a
chegada do Pontífice, o qual respondeu a cinco perguntas improvisando por cerca
de quarenta e cinco minutos. Francisco frisou em particular a necessidade de
educar as novas gerações nos valores da mansidão e da escuta respeitadora do
outro e criticou os tons cada vez mais exacerbados dos confrontos pré-eleitorais transmitidos na
televisão. Como solução desejou que seja recomposto o pacto educativo entre
escola e família, que se deteriorou.Entre recordações pessoais ligadas à sua infância e uma citação
final da conhecida canção de Mina «Parole parole», para aliviar o tom da
conversa, o Papa abordou argumentos de grande atualidade contidos nas questões
apresentadas pelos jovens. Antes de tudo elogiou as perguntas concretas, não ideológicas mas
inerentes a questões reais de vida diária: a crueldade das imagens de crianças
degoladas ou famintas presentes em todos os mass media, enquanto os que
trabalham pelo bem, que empregam a vida ao serviço dos outros não fazem
notícia; a tragédia dos migrantes; a idolatria do dinheiro e do poder; o
tráfico das armas e da droga; o trabalho não declarado e dos menores; a
exploração das mulheres. O desafio, comentou, é lutar contra tudo isto, ajudar
os outros sem ter medo, falar claro. E suscitou o aplauso dos presentes quando
ironizou sobre o facto de que se fale da «mãe de todas as bombas»: mas uma mãe
– observou – dá a vida e não a morte. Em seguida Francisco
advertiu contra o terrorismo dos mexericos, exortando a morder a língua em vez
de ser considerados terroristas. Não só, evitar também os insultos, que ferem.
E a propósito aconselhou a ler a carta de São Tiago, na qual o apóstolo explica
que o homem e a mulher que dominam a língua são perfeitos. Por fim mencionou a
preservação do meio-ambiente, cuja integridade está ameaçada por consumismo,
exploração, experimentações químicas sobre animais e vegetais, convidando a
voltar a pôr a mulher e o homem no centro da criação, fazendo comunidade e
procurando a paz.Em precedência o
Pontífice recebeu em audiência a comunidade do Pontifício seminário
inter-regional da Campânia de Posillipo,
Nápoles, confiando aos sacerdotes e formadores a missão de educar segundo o
estilo de Santo Inácio. Em seguida, à Guarda Suíça pontifícia, recebida por
ocasião do juramento dos novos recrutas, convidou a seguir o exemplo de São
Filipe Néri pondo-se nas pegadas dos santos.


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