Nesta quinta-feira, dia 03 de junho, algumas comunidades de nossas paróquias celebraram a Solenidade de Corpus Christi, nome originário do latim e que significa “Corpo de Cristo”, festa tradicional realizada todos os anos na primeira quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade.
Devido a pandemia do coronavírus que estamos atravessando, este ano a solenidade de Corpus Christi foi realizada em mais comunidades de nossa Paróquia e por conta disso não foram confeccionados os tradicionais tapetes coloridos feitos com serragem e diversos outros materiais, e que enfeitam a esplanada da paróquia, com os símbolos católicos. Foi simbolizado apenas uma pequena representação do tapete com folhagens, no interior da igreja. As celebrações não puderam contar com centenas de fiéis, como de costume, apenas participaram um número limitado de cristãos, que juntos meditaram a palavra de Deus, através das leituras, salmo, cânticos e hinos de louvor.
Na homilia Pe. Cleonidio, Pároco da Paróquia Bom Jesus iniciou sua reflexão relembrando que esse dia é o dia da festa da eucaristia, que foi instituída na quinta-feira santa, onde Jesus nos garantiu sua presença constante em nosso meio, representado pelo vinho e pelo pão. E que Jesus não disse que “parece o meu corpo e o meu sangue”, Ele afirma realmente “isto é o meu corpo, isto é o meu sangue, tomai e comei, tomai e bebei”. Continuando disse que essa celebração surgiu na Idade Média, a eucaristia tem raízes no velho testamento, citou o livro do êxodo, onde Moisés celebrou a aliança de Deus com o povo, erguendo um altar com as doze tribos, que é a totalidade do povo, sacrificou o animal, pegou metade do sangue e selou a aliança com seu povo.
Seguindo, completou: “Na celebração da eucaristia não se oferece mais sacrifício nenhum, nem de animais, não oferece sangue porque o sacrifício que foi oferecido de uma vez por toda foi o próprio Cristo em função de todos nós, da humanidade inteira, da salvação de todos, por isso que a igreja não é a igreja do sacrifício de oferecer coisas pra Deus. Deus, na remissão dos pecados, já deu para nós Jesus Cristo, se pedimos perdão diante dEle, recebemos sua misericórdia, sem necessitar de oferecer sacrifício”. Destacou, que quando celebramos a eucaristia pensamos em Jesus na sua totalidade, pois a Eucaristia é o coração da Igreja e é por meio dela que podemos reviver a vida do próprio Cristo, uma vida doada. Trazemos presente a vida de Cristo, os encontros prazenteiros que Ele teve, muitos encontros com o povo sofrido, Jesus sorria com eles, Jesus chorava com eles, mas também teve encontros desagradáveis com aqueles que por inveja ou ciúmes, sempre queria justificar a morte de Jesus.
Continuou a oração eucarística com os ritos habituais da Santa Missa e ao final da celebração, houve a procissão do Santíssimo Sacramento, no interior da igreja, passando por entre os fiéis, que de joelhos louvavam e adoravam a presença do Cristo vivo, entoando cânticos de louvor e relembrando que o Senhor sempre os acompanha nessa jornada que é a vida.