Durante a audiência pública semana, no Vaticano, o Papa Francisco apelou à conversão dos políticos corruptos, deixando críticas a quem explora outras pessoas e exerce o poder sem “respeito pela vida” ou “justiça”.
Para dezenas de milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro, usando o episódio bíblico onde o rei Acab manda assassinar Nabot para lhe roubar uma vinha, Francisco disse: “Deus vê este crime e bate à porta do coração de Acab; o rei, confrontado com o seu pecado, entende, humilha-se e pede perdão: que bom seria que os poderosos exploradores de hoje fizessem o mesmo”.
Para o Papa, o episódio do antigo testamento continua a ser atual nos dias de hoje: “Esta não é uma história de outros tempos. É uma história atual, dos poderosos que, para terem mais dinheiro, exploram os pobres, exploram as pessoas. É a história do tráfico de pessoas, do trabalho escravo, das pobres pessoas que trabalham sem direitos e com o mínimo, para enriquecer os poderosos. É a história dos políticos corruptos, que querem sempre mais e mais”, denunciou.
Francisco ainda acrescentou que a sede pelo poder “transforma-se numa cobiça que nunca se sacia”, e que a riqueza e o poder podem ser bons e úteis quando colocados ao serviço do “bem comum” e não como “privilégio”, e alertou: “Quando se perde a dimensão do serviço, o poder transforma-se em arrogância e torna-se domínio e opressão”.