10 de janeiro de 2016
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[ARTIGO] Batismo e Missão

Por Dom José Gislon, Bispo de Erexim (RS)

Solenidade do Batismo do Senhor

Solenidade do Batismo do Senhor

Estimados Diocesanos! Neste segundo domingo do novo ano, celebramos a Festa do Batismo do Senhor, por João Batista nas águas do rio Jordão. Jesus, o filho de Deus, aquele que “batizará no Espírito Santo e no fogo”, assumindo a natureza humana, vai até o rio Jordão para receber o batismo de conversão de João Batista. Aquele que não tinha pecado desce no coração da humanidade, se junta aos pecadores para elevar consigo a humanidade ao Pai. Jesus, manso e humilde de coração, é solidário com a humanidade que padece, entorpecida pelo pecado do egoísmo, do abandono e da indiferença. Ele veio revelar ao mundo a face de Deus e o seu projeto de amor, que busca a reconciliação da criatura com o Criador, através da misericórdia.

A Festa do Batismo de Jesus, que encerra as celebrações do Natal, é também momento oportuno para recordarmos os compromissos do nosso batismo. Através dele, renascemos em nome da Santíssima Trindade como filhos e filhas de Deus e somos acolhidos na Igreja comunidade. Acolhidos não por acaso, mas para vivermos uma missão, a de testemunharmos Jesus Cristo.

Penso que no mundo temos muitos meios e modos de testemunharmos a nossa fé no dia-a-dia, na família, na escola, no local de trabalho, participando nas celebrações da comunidade ou colocando-se também a serviço do Senhor nos vários ministérios, tão necessários para o fortalecimento da comunhão e o cultivo da vida de fé nas comunidades. Quando nos dispomos a servir o Senhor, saímos do nosso isolamento, e deixamos a indiferença de lado, para dar um novo sentido à nossa vida.

A graça de poder servir a Deus e aos irmãos, através dos ministérios na comunidade e na ação missionária, pode também ajudar a despertar nos jovens, o sentido da corresponsabilidade e do compromisso em relação à vida e às fragilidades e feridas que atingem uma grande parcela do nosso povo. “Aquilo que os olhos não veem o coração não sente”. Jesus viu o sofrimento do povo, encontrando-o ao longo do caminho.